quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ABORTO E EUGENIA

Até agora não quis me pronunciar em relação a tão delicado tema. Mas, pra tudo tem um começo. No leste europeu, se tornou habitual o aborto de fetos de meninas. É facílimo imaginar uma coisa muito óbvia: as predileções sociais, caso o aborto seja mais difundido, servirão como seletoras para a realização da prática. Então, no leste europeu, o resultado demográfico prático disso é o aumento da proporção de homens naquelas populações. - Nossa, que coisa desejável, né? - Vamos agora levar a coisa para outras searas, através do uso do raciocínio indutivo e da imaginação. Nesta semana, foi divulgada uma descoberta definitiva da genética: a homossexualidade tem bases em uma interação de genes, é, portanto, um comportamento inato em grande proporção. E aí? Conseguiu vislumbrar onde isso pode chegar em um futuro próximo? – O advento da genética, em pouco tempo, trará uma tecnologia capaz de predizer se a criança, assim como acontece no caso das mulheres, seria homossexual. Isso, como vc agora pode imaginar com mais clareza, certamente seria motivo para uma “seleção artificial”. Sobretudo naquelas sociedades de culturas pouco tolerantes com a homossexualidade, tais como algumas do leste europeu, a homossexualidade será motivo para a interrupção de uma gravidez. - Já está vislumbrando que mundo maravilhoso de diversidade de gênero poderá despontar no leste europeu? - O exemplo do leste europeu apareceu aqui apenas devido às recentes notícias da predominância de aborto em fetos femininos, mas, é claro que tal problemática seria generalizada por onde houver legislação que permita o aborto sem maiores embargos. Mas, não pára por aí. 

Recentemente, o biólogo e militante Richard Dawkins revelou que considera uma imoralidade que uma mãe queira ter um bebê com síndrome de down, já que dispomos hj de tecnologia para diagnosticar o feto nesta condição e legislação que permite o aborto. Para ele, é um grande fardo ter que conviver com portadores dessa síndrome, pobrezinho.


 O colega de Dawkins e líder de várias seitas fanáticas, Peter Singer, declarou abertamente em seu livro “Ética Prática” que não há diferença significativa, do ponto de vista funcional e cognitivo, entre um recém-nascido e um feto, e que, portanto, o direito ao aborto deve ser estendido para recém-nascidos, algo que agora alguns “estudiosos” de “bioética” estão chamando de “abordo pós-parto”. - Um eufemismo barato para infanticídio. Se esse sujeito for respaldado por cientistas, o direito ao aborto trará também outras implicações que merecem mais atenção, além desta apontada neste texto. 


Eu não sou favorável ao aborto, mas concordo que o tema é muito complexo e que há bons argumentos a favor. Porém, a eugenia intrínseca ao resultado de qualquer cultura que aceite essa prática não pode ser dissociada de tal, queiram os defensores do aborto ou não: o direito ao aborto e eugenia estão indissociáveis.

domingo, 7 de setembro de 2014

A FALÁCIA DA EQUIVALÊNCIA

Ao contrário do que muitos pensam, falácia não é sinônimo de mentira. Falácia é uma espécie de truque argumentativo que tem por objetivo obscurecer as conclusões e as tentativas de aproximação da verdade, ou da realidade factível, acerca do tema que está em debate. São muitos os truques que configuram diferentes falácias. Muitos filósofos, como Schopenhauer, já deram sua contribuição para desmascarar esses truques que dominam a maioria absoluta dos debates, sobretudo quando o assunto é política. Porém, não sei dizer se algum destes filósofos, estudiosos da dialética erística, tratou desta falácia específica, esta que gostaria de chamar de “falácia da equivalência”.

Não é um conceito difícil, a falácia da equivalência é quando uma das partes debatedoras apela para uma falsa equivalência de proporção entre coisas que são totalmente desproporcionais. Os exemplos sobre isso abundam tanto que fica até difícil escolher alguns. Tipo: você já deve ter ouvido alguém falar que quem fura fila, estaciona o carro em local proibido, ou avança o sinal vermelho, não pode reclamar da corrupção dos políticos. Evidentemente que furar fila, avançar o sinal vermelho ou estacionar em local proibido são coisas reprováveis, mas, elevar tais coisas ao mesmo patamar de crimes de corrupção é outra coisa completamente diferente. Vejamos um exemplo do mundo da política. - Recentemente, eu estava discutindo com uma amiga, que, por sinal, tem ideias muito convergentes com as minhas, mas gosta de arranca rabo como só... A certa altura, eu falei sobre um caso em que trogloditas chavistas agrediram uma deputada venezuelana em pleno parlamento, onde um miliciano de mais de 100 quilos deferiu-lhe um soco que quebrou o nariz da pobre mulher. Esta deputada hoje é perseguida na Venezuela, onde teve seu mandato cassado pelos chavistas que a agrediram e vive sob ameaça de ir para a cadeia, onde se juntaria a centenas de presos políticos. Essa minha amiga (que não vai ler este texto mesmo, por isso virou exemplo) respondeu que a deputada venezuelana “também não era santa”. Posso concordar plenamente que a tal deputada não é nenhuma santa, mas, levantar essa alegação para fazer frente a algo tão grave como a agressão que ela sofreu por parte de um grupo de assassinos que, entre outras coisas, fraudou uma eleição presidencial, matou mais de 40 estudantes indefesos, feriu e prendeu centenas, configura a falácia da equivalência. A não ser que essa minha amiga demonstrasse que a deputada agredida também fez coisas equivalentes, a comparação aí não é cabível. Outro caso: quando um certo partido, aliado dos trogloditas da Venezuela, faz sucessivos saques aos cofres públicos a fim de se perpetuar no poder, centralizando-o cada vez mais (seguindo a mesma cartilha venezuelana), logo surge uma tropinha de militantes, alimentada por veículos chapa-branca, que procura diluir as falcatruas do partido que defendem em toda a classe política com aquela conversa: “ahhh, mas todos os partidos roubam, não foi o meu partido que inventou a corrupção, veja as outras denuncias sobre outros partidos”. - O cidadão quer colocar no mesmo patamar crimes com evidências fartíssimas, muitos já julgados e condenados, e denuncias que, em sua maioria, não foram julgadas e nem foram demonstradas as relações criminosas que o cidadão tenta estabelecer, ou, mesmo que tenham sido, não são equivalentes aos crimes cometidos pelo primeiro grupo. Veja o “mensalão tucano”. O crime alegadamente (e provavelmente) cometido pelo Azeredo é o de caixa 2 para a campanha. - Ok, é um crime de corrupção e merece ser julgado como tal, mas, não é equivalente ao mensalão. O mensalão se configurou pela compra de apoio político de parlamentares com verba oriunda de corrupção, é mais grave, pois, além de desviar verba pública, atenta diretamente contra a democracia. Chamar o caso mineiro de “mensalão” é flagrante tentativa de estabelecer a falácia da equivalência. 

Há ainda mais uma última estorinha, ocorrida comigo, que vale a pena usar como exemplo. Há alguns anos, tive uma aula em que a professora falava de crimes ambientais. Depois de discorrer sobre uma série de crimes contra o meio-ambiente, alguns de larga escala e grande impacto, ela acabou concluindo que todos nós, seres humanos pós-neolítico, somos culpados pela degradação ambiental. Eu, porém, observei: “uns mais outros menos, não é, professora!?”. Ela logo respondeu que não, que todos somos igualmente culpados, e que eu, por exemplo, usava um tênis que fora feito à custa da degradação ambiental e humana (ela logo supôs que meu calçado havia sido fabricado por crianças escravizadas na China). Ela, logicamente, recebeu o apoio da maioria dos meus colegas de sala. Eu, porém, resolvi então propor algo: disse-lhes que deveríamos ajudar os industriais poluentes a pagar suas respectivas multas por danos ambientais, pois, pelo princípio que eles defendiam (o da equivalência de responsabilidade), isso seria nada mais do que o justo. É claro, fui hostilizado devido ao grau de polêmica que minha resposta gerou, mas, não pude resistir, também sou de carne e osso.

Enfim, não é sempre que as comparações são desproporcionais e, nestes casos, não ocorre a falácia da equivalência. Há, com toda a certeza, casos em que as falcatruas da oposição são equivalentes às da situação, como há casos em que os impactos ambientais de diferentes causadores são sim equivalentes. Contudo, é importante tomar cuidado para não escorregar, intencionalmente ou não, na falácia da equivalência. Como bem diz uma outra amiga: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.”

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Endofobia: a mentalidade antiocidental

Mutilação genital de mulheres na África e Ásia, apedrejamento em teocracias islâmicas, a Chariah, segregação milenar e imutável por castas, pessoas enterradas vivas em certos grupos autóctones da América do Sul, escravidão, abuso de menores, crianças transformadas em jihadistas aos 5 anos de idade, assassinato aos milhares de cristãos no oriente médio. Estes casos citados tem uma característica especial, todos têm influencia direta de referências socioculturais. Não são coisas feitas à revelia das leis e do resto da sociedade, pelo contrário, são referendados pelas normas desses grupos sociais. Quando olhamos, sob o prisma de nossos próprios valores, sentimos repugnância e condenamos tais atos de imediato. Porém, aos que olham sob o prisma dos valores internos que legitimam essas atitudes, o julgamento pode ser bem diferente. E quais são nossos valores? De onde eles vieram? Bom, sem me aprofundar em digressões históricas das quais sei quase nada, não é difícil identificar a origem dos valores das civilizações ocidentais. E quais são os pilares destes valores? Creio eu que nossas civilizações emergiram de algumas origens: a cultura judaico-cristã e suas variantes, a herança Greco-romana e, em parte, as ideias iluministas. Podemos considerar que essas matrizes contribuíram significativamente para o que hoje chamamos de ocidente (no sentido sociocultural da palavra). Foi no ocidente também que grandes revoluções e avanços ocorreram, podemos citar a Revolução Industrial, o advento das democracias constitucionais, o Estado de Direito e a economia de livre mercado baseada na propriedade privada dos meios de produção. Ainda, a mais importante de todas as heranças do advento do ocidente: a abolição da escravidão. Sei, o amigo pode ter ficado surpreso com essa minha última afirmação, apresentando a razoável duvida: “ora, aboliu pois escravizou, é o mesmo a abonar quem prendeu por soltar”. Sim, acontece que, na humanidade, não foram os países ocidentais os únicos escravizadores, praticamente todas as outras civilizações e grande parte de povos autóctones também escravizavam e, sob a luz do desenvolvimento histórico, a inédita abolição da escravidão pelas democracias ocidentais foi um enorme avanço para toda a humanidade. É de se perguntar por que então alguns de nós, ocidentais, atacam mais o próprio ocidente, que forneceu a estes os valores que usam para condena-lo, do que outros povos e países não ocidentais quando estes incorrem em brutais violações daquilo que nós, ocidentais, aprendemos a valorizar: a vida, a paz e os direitos humanos. Ora, meu filho, que direitos humanos existem ou existiram na Índia, no Irã, em Uganda, no Sudão, em Cuba, na China, na então URSS? A própria noção de “direitos humanos” surgiu no ocidente, é produto da nossa cultura. Então o que explica a existência de uma mentalidade antiocidental que ataca todos os valores e conquistas do ocidente? Por que desses ataques contra o “capitalismo” (o sistema econômico do ocidente), contra os cristãos (a religião do ocidente), e até contra a metodologia cientifica e conhecimentos herdados da cultura grega (quem nunca ouviu aquelas bobagens em cursos de humanas sobre “tecnicismo” e “não existe conhecimento neutro”?)? Vejam, eu não estou aqui dizendo que tais caracterizadores da cultura ocidental não podem e não devem ser criticados, mas, há, flagrantemente, uma diferença de pesos quando as criticas são dirigidas ao ocidente. Para alguns ocidentais, que desfrutam de todas as benesses que só as democracias capitalistas são capazes de oferecer, o ocidente é a grande fonte do mal de toda a humanidade. Mal esse que eles, porém, não conseguem viver longe. O que explica, por exemplo, o ódio de algumas feministas contra a igreja católica ao passo que estas mesmas feministas nunca se manifestam quando outras religiões e culturas fazem com que suas mulheres sofram muitas vezes mais do que nas sociedades cristãs?! Vamos pegar um exemplo? Lembram-se da visita do Papa ao Brasil? Lembram-se do show de horrores que “grupos progressistas” aprontaram com a única intenção de ofender todos os católicos?! Pergunta: seria possível em países muçulmanos haver um paralelo destes? Tipo: um grupo de feministas árabes fazer aquele escarcéu introduzindo símbolos religiosos do islã em suas cavidades corporais quando da ocasião da visita do aiatolar?! Será que tais coisas não são possíveis apenas nas democracias ocidentais?! O que aconteceria a este grupo imaginário paralelo às nossas feministas radicais se ele de fato se manifestasse desta forma no Irã!? Falando nisso, onde estavam as manifestações radicais quando Mahmoud Ahmadinejad visitou o Brasil? Vamos ver outro exemplo? O caso do conflito Israel x Hamas. Não vamos aqui fazer nenhum tipo de consideração sobre as razões que motivaram essa crise, vejamos apenas o tratamento diferenciado que é dado à questão. A Rússia invade a Ucrânia com milícias treinadas e armadas, toma-lhe territórios vitais e mata milhares de civis, a diplomacia brasileira não fala nada. Na Síria, o ditador mata dezenas de milhares de civis em uma guerra sangrenta, a diplomacia brasileira cala. No país vizinho, o ditador colega mata dezenas de estudantes desarmados e prende milhares, a diplomacia brasileira apoia o ditador. Israel, em guerra com Hamas, mata civis que, em sua maioria, são usados como escudos humanos pelo Hamas, a diplomacia brasileira, em vez de condenar ambos os lados, condena somente um, o de Israel, e recebe agradecimentos do Hamas. As pessoas em geral não se atentaram para esse “deslize” do anão diplomático. Hoje chegou a notícia que uma cidade iraquiana foi tomada por rebeldes jihadistas, dezenas de milhares de cristão já foram mortos, mas, os cartunistas progressistas não se atrevem a ser piedosos com essa população. Por quê?! A resposta é muito simples: Israel representa o ocidente no oriente médio. Isso explica o porquê do antissemitismo da esquerda mundial, a esquerda é aquela parte do ocidente que odeia o ocidente, e, por consequência, odeia Israel e é antissionista (que para mim é sinônimo de antissemita). É por isso que os socialistas odeiam cristãos, judeus, empresários, o papa, as democracias ocidentais e a metodologia das ciências naturais, pois esses elementos representam as bases da cultura ocidental: a cultura judaico-cristã, o liberalismo e a herança Greco-latina. Basicamente, são estes os elementos que tornaram o ocidente a mais poderosa força do planeta. Resta saber se essas mesmas pessoas ocidentais que odeiam o ocidente poderiam viver fora dele e defender os mesmos valores que aqui defendem e, ao mesmo tempo, desfrutar da mesma liberdade que aqui desfrutam. A esta altura, se tiver um amigo socialista lendo estas linhas, ele deve estar pensando: “nossa, que pensamento etnocêntrico do autor deste texto”. Mas, o que ele poderia esperar? Um pensamento “exocêntrico”?! Claro que não, sou um ocidental e carrego comigo os valores do ocidente, assim como você, assim espera-se que um munduruku carregue com ele os valores da etnia dele. Aliás, essa palavra “etnocêntrica” deveria desaparecer do vocabulário antropológico devido à enorme redundância que a composição dos radicais representa, algo como “subir para cima”. Não obstante, sabendo que os assuntos de ética e moral são delicados até para os mais brilhantes filósofos, acredito que alguns valores são compartilhados por uma gama de indivíduos de diferentes culturas. Certamente não só no ocidente há os que valorizam a vida e a liberdade, mas, é justamente no ocidente que os maiores progressos foram alcançados no sentido de preserva-las. É etnocentrismo também quando olhamos para dentro de nossa própria cultura para critica-la naquilo que acreditamos que ela deve melhorar, quanto a isso, nada mais natural. Porem, muito diferente é essa mentalidade autodestrutiva antiocidental, ela não é reformadora, não trás em si a virtude dos movimentos aperfeiçoadores, muito pelo contrário. Há uma espécie de fenômeno cultural que emergiu do ocidente que é inexplicável, é uma espécie de xenofobia às avessas, eu chamo de “endofobia”. A xenofobia é um sentimento de hostilidade às culturas diferentes, a endofobia é a hostilidade à própria cultura. Como explicar o surgimento da endofobia enquanto fenômeno social? Acredito que, muitas vezes, a endofobia é uma espécie de misantropia misturada à ideologias destrutivas, outras vezes penso que a endofobia tem raízes em uma espécie de neurose coletiva provocada por seguidas frustrações, normais aos seres humanos, mas catalisadas por um discurso unificador e redentor que atribui os fracassos pessoais a uma conjuntura externa. De qualquer forma, a mentalidade antiocidental que chamo de endofobia é caso para as ciências do comportamento analisarem. Ou será que quem precisa de psicólogo sou eu?!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

10 mitos sobre o PT e a esquerda em geral

1° O PT e a esquerda são a favor dos pobres. 

Mito. Nenhuma vertente política da nossa história recente produziu mais pobreza do que os regimes de esquerda. Foram mais de 50 países que foram à falência no século passado e, atualmente, na Venezuela, papel higiênico virou artigo de luxo. O PT, por sua vez, transformou um programa assistencialista em uma forma de tutela permanente dos mais pobres, negando a eles a real emancipação através de educação de qualidade e oferta de empregos gerados por investimentos internos e externos. Como alguém que escolhe os caminhos que, na prática, levam a população à pobreza pode ser considerado "favorável aos pobres"?  

2° O PT e a esquerda são contra a exploração. 

Mito. A esquerda sempre é a favor da exploração, desde que feita sob o manto da demagogia estatal. O nosso atual “governo progressista” conseguiu o inimaginável: importar escravos em pleno século XXI. Se Lincoln tivesse sido influenciado por Marx, jamais teria abolido a escravidão nos EUA e provado ao mundo que o trabalho livre produz muito mais do que a escravidão, enquanto  Marx escrevia que abolir a escravidão “riscaria os EUA do mapa”. 

3° O PT e a esquerda são contra as violações aos direitos humanos. 

 Mito. Os regimes de esquerda, de longe, foram os que mais violaram os direitos humanos das minorias, dos homossexuais, dos opositores, da humanidade em geral. Os regimes de esquerda são campeões absolutos de morticínio. O PT, por sua vez, financia a ditadura mais antiga do mundo com o dinheiro dos brasileiros. Você acha que as condenações da diplomacia brasileira aos ataques de Israel à Palestina tem algo a ver com direitos humanos? Sabe de nada, inocente. Se assim fosse, o mesmo repúdio teria sido demonstrado no caso da Ucrânia, Síria e Venezuela.   

 4º O PT e a esquerda são mais “sustentáveis”. 

 Mito. Desde o PT chegou ao poder, a área de meio ambiente vem sofrendo sucessivos retrocessos. A começar pela fragmentação do IBAMA até o completo abandono das Unidades de Conservação em todo o País. A esquerda mundial, por sua vez, conseguiu trocar o conservacionismo, antes baseado em o que se tinha de mais avançado nas ciências ambientais, por uma pregação ideológica que mais parece um delírio do Rousseau depois de tomar 3 garrafas de vinho. Basta ver o discurso fácil que se tornou o tema ambiental no Brasil. O ambientalismo, enquanto política pública, aliás, surgiu nos EUA com a criação do Parque Nacional de Yellowstone, em 1872. Países socialistas nunca foram exemplo de conservação ambiental, basta lembrar o caso do Mar do Aral e de Chernobil, embora alguns ideólogos em nome da WWF tenham soltado ridículo relatório, cujos critérios são de fazer qualquer um chorar de rir, alegando que “Cuba é o país mais sustentável do mundo”. Só para se ter uma noção, o relatório considera os dados inventados pela ditadura cubana, e a única coisa que ele releva é a “quantidade de emissão de CO2 na atmosfera”. Não olha para desmatamento, para perda de solos e biodiversidade, recursos hídricos, nada. Apenas faz uma relação entre o mentiroso IDH cubano e a emissão de CO2. Cuba, como nada produz em termos industriais, tb nada emite. Por que vc acha que ele depende tanto da ajuda de outros países para sustentar aquela miséria a níveis mais próximos dos suportáveis? Além do mais, para que tal relatório faça sentido, temos que assumir como verdade absoluta que a emissão humana de CO2 é o maior, ou único, dos problemas ambientais que enfrentamos. No mais, alguém aqui realmente acha que países como a Coreia do Norte, Cuba ou China dão alguma importância a estes “preceitos burgueses” tal como Meio Ambiente?! 

5° A esquerda e o PT são mais favoráveis às causas dos povos indígenas. 

Mito. Do início do governo Lula, as Terras Indígenas perfaziam uma área de cerca de 11% de todo o território nacional, hoje a situação está pouco alterada. A FUNAI se tornou um órgão mais do que fraudulento, onde impera a corrupção e o abandono. Sobre a temática indígena durante o governo PT, vale a pena ver a opinião de Sidney Possuelo na Folha de São Paulo. Só para se ter uma ideia, o governo FHC homologou 41 milhões de hectares em Terras Indígenas, enquanto Lula homologou 18 milhões. Já a Dilma tem a incrível marca de 966 mil hectares. Na próxima eleição, quando um PTista vier com esses papo de que o PT é a favor dos povos indígenas e etc, esfregue esses dados na cara dele. 

6° O PT e a esquerda são favoráveis a “autodeterminação” dos povos. 

Mito. A esquerda e o PT sempre apoiaram a Argentina na questão das Malvinas dando um enorme FODA-SE para o fato dos cidadãos daquela ilha se declararem britânicos. 

7° O PT e a esquerda são democráticos.

Mito, claro. Quem leu parte do evangelho marxista, a grande inspiração da esquerda mundial, sabe que não há qualquer possibilidade de encontrar no despotismo marxista algo de democrático, Marx queria a derrubada total das “democracias burguesas”. O PT, por sua vez, acabou de ajudar o “presidente eleito” da Venezuela, Nicolás Maduro, a implantar uma ferrenha ditadura que destruiu a economia Venezuela e, consequentemente, condenou milhões à miséria absoluta. Agora que a Venezuela acabou, os esquerdistas que apoiaram Chavéz e Maduro fazem de conta que o ocorrido na Venezuela nada tem a ver com eles. Só que sempre haverá um reaça malvado para lembrar-lhes da enorme cagada (sem direito à higiene pessoal) que eles ajudaram a fazer na Venezuela. Hoje, no Brasil, podemos falar, sem medo de cometer exagero, que a censura voltou a atuar em nosso país, com direito a demissões, ameaças, xingamentos e a tirar conteúdo do ar. 

8° A esquerda é mais ética, mais honesta. 

Mito. José Dirceu, José Genoino, Hugo Chavez, Lula, Fidel Castro, Agnelo Queiroz, Pol Pot, Maduro, Orlando Silva, Copa do Mundo, mensalão, etc... 

9º A esquerda é contra ditadura 

Mito. A esquerda só é contra aquelas ditaduras que não estão alinhadas com sua ideologia. Ser de esquerda é ter que conviver com a contradição interna de coadunar com as piores ditaduras que a humanidade já conheceu ao mesmo tempo em que condena uma ditadura muito mais branda e menos durável, que não matou nem uma minúscula fração do que os regimes por eles defendido mataram e continuam matando. Esquerdista é contra ditadura e apoia Fidel Castro e Nicolás Maduro, entendeu!? 

10° A esquerda é do bem e a direita é do mal 

Mito. Esquerda gosta mesmo é de Stalin, Fidel e Che Guevara. Se isso não for “do mal”, não sei mais o que será.

domingo, 27 de julho de 2014

AS CAROLAS DO POLITICAMENTE CORRETO CONTRA A TURMA DA MÔNICA

Vocês devem lembrar-se da D. Dorotéia, interpretada divinamente por Laura Cardoso, do romance Gabriela de Jorge Amado, transformado em filme e em telenovela. D. Dorotéia foi a personificação das carolas da primeira metade do século XX, em um país marcadamente católico como o Brasil. Era a figura da senhora conservadora que pregava sempre a moral e os bons costumes para qualquer um que saísse dos rígidos moldes da tradição religiosa da qual ela era devota fervorosa. A pureza de D. Dorotéia era cruel, sua moral sobrepujava até seus laços de amizade, como ficou evidente quando a personagem denunciou sua companheira de devoção, Sinhazinha, por adultério para o marido (o que redundou no assassinato de Sinhazinha pelo marido, Cel. Jesuíno).

 Já nos dias atuais, surge uma nova estirpe de carola, mas, desta vez, elas trazem uma nova roupagem moral: o politicamente correto. Não obstante, a carolice permanece a mesma, sempre querendo enfiar seus valores morais goela abaixo da sociedade. Alguns fatos recentes divulgados pela mídia podem ajudar a identificar o tipo. Comecemos pelo patético caso da resolução do Conselho Nacional dos Direitos das Crianças que prevê a proibição de qualquer publicidade em TV aberta destinada ao público infantil.

É claro, a intenção das carolas do CNDC é a mais bela de todas: proteger as crianças do malvado mundo do consumo para torna-las “adultas mais conscientes” no futuro (para elas, “consciente” é sinônimo de “ser companheiro de devoção”). Nem mesmo na época em que a censura era explícita (hj é velada), passou pela cabeça de alguém inviabilizar produções artísticas como as da Turma da Monica. Hoje, a Turma da Monica está sendo censurada e corre o risco até de ter de encerrar suas produções. Ora, como vc deve saber, a Maurício de Souza Produções, assim como a Disney, sobrevive de publicidade e da associação de seus personagens a uma infinidade de produtos destinados ao público infantil. Na última páscoa, assistimos ao grotesco caso dos Ovos de Páscoa Bis que foram retirados das prateleiras, pois, supostamente, incentivavam o bullying. - A embalagem falava em “sacanear” amigos. Ainda no campo dos ovos de chocolate, o que dizer da proibição imposta ao kinder ovo, que não poderá mais vir acompanhado de brinquedos? Há sempre uma justificativa moral para essas proibições, as carolas sempre falam em “bem estar da criança e do adolescente”, “obesidade infantil”, “bullying”, sempre na melhor das intenções de proteger as crianças. Na Europa, até mesmo a Peppa Pig está sendo acusada de incitar a insubordinação das crianças e de transmitir “mensagens subliminares”. Em momento nenhum de minha vida eu imaginei que pudéssemos chegar a este patamar de censura social. O que as nossas carolas de hoje estão conseguindo é, além de sufocar um segmento econômico, ditar o aniquilamento da programação infantil na TV aberta. Mas não é só isso, por trás dessas “boas intenções” está a investida do Estado contra a autonomia das famílias em educar suas crianças, contra o direito dos pais de decidirem o que é bom ou não para seus filhos.

 Tal qual D. Dorotéia, a moral das carolas é seletiva e parece não seguir nenhum senso de hierarquia. Ao delatar Sinhazinha, D.Doroteia sabia que estava sentenciando-a, no entanto, em vez de colocar o resguardo da vida da amiga acima de qualquer coisa, ela preferiu penitencia-la com a morte, sem dar-lhe a chance do arrependimento. Para D.Dorotéia, o adultério é mais condenável do que o assassinato. Nossas carolas de hoje alegam que a liberdade é sagrada, se dizem as verdadeiras portadoras dos valores democráticos, mas, diante do dogma que diz que consumir é pecado mortal, as carolas do politicamente correto não se importam em assassinar a primeira sob a justificativa do segundo.

Ao final do romance, a identidade de D. Dorotéia é revelada: ela era, na verdade, uma devassa que fazia miséria nas noitadas de Ilhéus, conhecida pela boemia como Dodô Tanajura (em referência aos glúteos avantajados). D. Dorotéia, na verdade, condenava tudo aquilo que, em essência, a caracterizava, mas que não podia mais desfrutar há muitos anos devido ao caminho que, por algum motivo, ela escolheu seguir deixando para trás o que lhe dava prazer. D. Dorotéia condenava aquilo que era espelho, um espelho que trazia à tona sua real condição existencial. As carolas do politicamente correto são assim tb: falam em nome da liberdade e contra o fascismo, mas, no fundo, estão apenas condenando aquilo que dizem defender e acusando os demais de serem o que elas gostariam de ser: fascistóides ditadores de regras. Enfim, o que tem de Dodô Tanajura se achando D. Dorotéia não é brincadeira...


Isso nunca vai acontecer comigo

- “Isso nunca vai acontecer comigo”. Era o bordão que muitos repetiam no início dos anos 90 para lidar com a epidemia da AIDS que surgira em anos anteriores. Na verdade, esse bordão era psicológico: os indivíduos que continuavam a incidir em comportamentos de risco usavam essa mentira interna para aliviarem a própria consciência. Em suas cabeças, o risco sempre soava com algo distante de suas realidades, era coisa que só acontecia a artistas da TV e astros da música popular. Não precisa dizer que essa blindagem mental custou inúmeras vidas e ajudou a propagar a doença em todo o mundo.

Hoje, uma história parecida se repete, só que o agente causador da doença não é biológico, é ideológico. Porém, o comportamento de quem insiste em se arriscar quase não mudou. Hoje, quando apontamos para alguns dos brasileiros que o Brasil está seguindo um caminho muito arriscado, as avestruzes com título de eleitor logo tratam se enfiar a cabeça no chão, ou pensam como aquela turma no início dos anos 90: “isso nunca vai acontecer comigo”. Pior ainda são os que julgam como “paranoicos” e até ridicularizam os que levantam evidências que apontam para um quadro sombrio. Dizem: “esse papo é anacrônico” e “ o comunismo já acabou”. Não importa se você mostra para estas aves que a Venezuela, a Bolívia, o Equador, a Argentina e Cuba existem de verdade e que a situação por lá não está nada boa, elas vão SEMPRE preferir dirigir alguma crítica em forma de ridicularização aos que estão mostrando essa realidade, não vão se dar ao trabalho de procurar saber o que de fato vem ocorrendo nestes países e que, em grande medida, já está ocorrendo com o nosso! Esse pessoal é aquele do sexo grupal sem camisinha, pois “isso nunca vai acontecer comigo”! É bem verdade que tem aqueles que sabem perfeitamente dos perigos que sofrem, mas preferem seguir com o comportamento de risco por não dar valor à própria vida, mas, não é este o caso que quero tratar aqui, me refiro aos que blindam suas mentes com barreiras esotéricas do tipo “isso nunca vai acontecer comigo”, ou “isso não existe”. Este segundo grupo, daqueles que repetem “o comunismo já acabou”, como quem tenta passar uma sensação de que esta sendo sensato, incorre em um erro que vale a pena chamar a atenção: o comunismo imaginado por Marx como o produto final da revolução socialista não acabou pois nunca existiu, como falei antes, acreditar nessa ideia é o mesmo que acreditar no paraíso das virgens. Mas, o comunismo enquanto doutrina, esse, infelizmente, não acabou, e é esse chorume mental que está infectando a mente dos que hoje apoiam o governo que está no poder no Brasil.

Tem também aquela turma que se embanana toda com truques semânticos, alguns pensam assim: - “existe “socialismo” na Escandinávia, logo, o socialismo é bom, então, o capitalismo é mau e, se eu votar em partidos como o PT e o PCdoB, eu vou estar ajudando o Brasil a se aproximar daquele socialismo que vigora na Escandinávia”. Acontece que o socialismo da Escandinávia não tem absolutamente nada a ver com o modelo que está sendo implantado aqui na América Latina, lá o “socialismo” é, na verdade, um CAPITALISMO LIBERAL onde há grande liberdade econômica (financeira, monetária, de propriedade, de comércio, de negócios, de investimentos, independência do setor bancário, etc,etc,etc). A diferença é que nesses países há sim uma enorme rede de seguridade social bancada pela produtividade e competitividade que só os países com grande liberdade econômica são capazes de oferecer a seus povos, portanto, PAÍSES CAPITALISTAS LIBERAIS, porém, com rede de assistencialismo possível devido à eficiência economia, altas tributações sobre a renda (menos sobre as empresas) e contingente populacional pequeno. Não é isso que está em jogo aqui, já que, nos últimos anos, o Brasil e países supracitados somente pioraram no quesito “liberdade econômica”. Por incrível que pareça, o socialismo que querem implementar aqui é o SOCIALISMO MARXISTA do que vimos no século 20. Para os que duvidam, sugiro o mínimo de trabalho para consultar as resoluções e atas de reuniões do PT e de alguns partidos que formam sua base aliada, além de procurar saber o que está acontecendo ao seu redor, como na Venezuela e Argentina, por exemplo! A questão é tão somente isso, é o próprio PT, através de suas resoluções, que afirma que quer construir uma “contra-hegemonia ao capitalismo”, não sou eu. Bem como acontece com o HIV, depois que uma nação contrai uma ideologia tão despótica como essa, não tem volta, não tem cura, terá tratamento, quem sabe, no futuro. Relaxem: “isso nunca vai acontecer conosco”!

Por que os cursos de sociologia deveriam desaparecer das universidades públicas!?

Porque esta área preferiu aproveitar o pior daquilo que produziu, porque Max Weber e Durkheim, dentre outros, têm espaço muito reduzido em relação a Karl Marx. Porque tal área se dedica a atacar toda a metodologia que trouxe as ciências ao lugar avançado onde estão para colocar em seu lugar bobagens amparadas por crenças que atribuem mais legitimidade às impressões pessoais dos "cientistas" do que aos conhecimentos verificáveis e testáveis. Porque essa doutrina tida como central na sociologia atual tem por objetivo ir contra os interesses das sociedades livres, que deseja, por meio de distorções históricas e desvínculo com a ciência econômica, difundir ideias totalitaristas para entregar nossas vidas nas mãos de projetinhos de déspotas. Porque temos que ler sandices que "doutores" em sociologia escrevem, coisas do tipo: "Basta lembrar que as principais revoluções científicas de nossos tempos (Khuhn, 1962/1987)- por exemplo a teoria de Darwin representou para a biologia, a de Marx para a filosofia e para as ciências sociais, (...) Einstein para a física." (Favareto,2006)

O cidadão não é capaz nem de ponderar sobre uma diferença fundamental: Marx errou totalmente, enquanto os outros dois acertaram. Mas, para essa "ciência", isso não importa, para eles, um conhecimento amparado por evidências e que resiste a testes por mais de século tem o mesmo valor que as bases de uma seita qualquer. Ou seja, nas palavras deles, Marx tem a mesma importância para a filosofia que Darwin tem para a biologia. Entendeu a gravidade do assunto?! O pai de uma doutrina despótica que tem o objetivo declarado de destruir a democracia é a grande referência teórica para a sociologia. Pior de tudo é que isso foi retirado de uma tese de doutorado em CIÊNCIAS AMBIENTAIS da USP. Sacou!? eles acabaram com a credibilidade das áreas de humanas e agora querem migrar para as áreas ambientais. Um cara destes tem uma titulação em meio ambiente, academicamente, superior à maioria dos biólogos, geólogos, engenheiros florestais, etc... Viu, vc que ficou ralando para estudar química, física, bioquímica, cálculo, climatologia, solos, hidrologia, em vez de estudar, vc deveria ter ficado repetindo cantilenas do século 19, pra que estudar!? Vc, em termos de titulação acadêmica, é menos "cientista ambiental" do que o tal doutor, que nunca estudou nada disso e que acredita que Marxismo tem algo a acrescentar para as ciências do Meio Ambiente.

 É claro que não pára por aí, esse é apenas mais um entre as dezenas de exemplos que encontro todas vezes que leio artigos ou teses desses "cientistas". Eles querem afrouxar as rédeas da metodologia científica para que suas seitas possam usufruir do mesmo status das ciências naturais, essa tentativa, por sí, representa um dos maiores retrocessos acadêmicos dos últimos séculos e está jogando todas as áreas de humanas na lata do lixo. Salvo, é claro, os sociólogos que tentam limpar sua área dessas aleivosias, tal área não representa nenhum interesse para a ciência moderna, sendo assim, por que temos que sustentar esse sacerdócio dentro das universidades públicas enquanto muitos de nossos alunos de ensino fundamental estão analfabetos!?

Qual foi o legado do PT ?

 O PT, no período de 2003 até 2012, pegou a era das vacas gordas para as economias em desenvolvimento. Nesse período, o crescimento dos chamados "emergentes" foi vertiginoso. O Brasil, embora tenha apresentado um dos piores resultados neste grupo, pegou carona nessa onda. O crescimento chinês alavancou o Brasil com a importação de commodities como a soja. Além do mais, o Brasil havia conquistado, no período anterior, com o esforço de décadas de toda a sociedade brasileira, a tão sonhada estabilidade econômica, que nem mesmo o maior cara de pau é capaz de negar o verdadeiro fator responsável por essa estabilidade: o plano real. Para quem não se lembra, a inflação no Brasil, antes do plano, chegou ao patamar 1000% ao ano, em 1992 (revista econômica política, vol 14,nº 1, 1994.). Hj, a propaganda do PT e a demência esquerdista praticamente apagaram esse grande feito da história do Brasil, de forma que a juventude atual mal sabe o que é inflação e quais as consequências dessa desgraça para a economia, aliás, eles desconsideram o fator “economia” de suas análises. Hj, quando a inflação excede o teto de 6,5% ao ano, os mais velhos chiam, mas, a juventude não faz ideia do que é uma inflação de 30%, 40% ao MÊS. A inflação causava pobreza, e era uma pobreza cruel. Nada é capaz de prosperar em uma economia assim, e as pessoas pobres eram as que mais sofriam, era o tempo dos "sem moeda", como disse Roberto Campos. Para a minha surpresa, que cometi a estupidez de votar no Lula em 2002, o meliante, assim que chegou à presidência, declarou que havia recebido da gestão anterior uma "herança maldita" e, imediatamente, tratou de construir um enorme discurso para desqualificar todos os méritos do seu antecessor, FHC. Isso foi o suficiente para que a ficha caísse em minha cabeça, estava claro que o PT estava ali não para governar pelo país, mas para se perpetuar no poder e, para isso, lançou mão de recursos retóricos idênticos ao do Fascismo. O PT não foi apenas o pior dos governos, foi tb a pior das oposições, votou e foi contra exatamente tudo que, hj, se vangloria como se fosse feitos seus. E, é claro, ele conta com a imbecilização coletiva que ajudou a criar para que esse absurdo funcione a cabeça dos incautos. O PT foi contra a criação dos programas sociais que,hj, ele atribui a si a criação. O PT votou CONTRA o plano real, o PT tb votou contra o texto da constituinte de 1988. O PT, quando chegou ao poder, lançou mão de manipular dados estatísticos de desemprego, onde os índices oficiais diferem do DIEESE em uma margem de até incríveis 100%. O Brasil cresceu sim no período Lula, mas, isso não aconteceu por causa do lula, a oração subordinada aí não deveria ser causal, o Brasil cresceu APESAR do PT, deveria ser concessiva. Além disso, o PT não se furtou de lançar mão da velha receita “Keynesiana”, ou seja, lançou crédito no mercado a rodo para assim, segundo eles, aumentar a “demanda agregada” e o giro de moeda. Na verdade, é uma versão tropical do Keynesianismo. Ou seja, o PT lançou dinheiro no mercado para dar aos brasileiros uma falsa sensação de riqueza, que, mais tarde, se converterá em duas coisas: dívida e inflação (o que vemos agora é apenas um prenúncio). Contudo, não foi só isso, o PT tb conseguiu aumentar em cerca de 30% a nossa sufocante carga tributária, e hj, vergonhosamente, ainda somos obrigados a ver “analistas” em revistas governistas defender seu aumento, como se dessa forma nós nos tornaríamos uma Escandinávia dos trópicos. Enfim, quando eu votei no PT, o fiz pois achei que o FHC foi meio pamonhão, que precisávamos de um governo renovado capaz de enfrentar os problemas que havia no Brasil: educação, saúde, segurança pública. Mas, para meu desespero, esses serviços só pioraram. Hj, somos um país com mais violência, mais ignorância e com índice recorde de assassinatos. Aliás, esse é um dado importante que coloca imperativos das ciências sociais em cheque. Ora, se nós diminuímos mesmo a pobreza e a desigualdade, por que então a violência só cresce!? Não deveria ser ao contrário?! Eu, naquela época, julguei que o FHC falhou enormemente na questão da segurança pública e na educação, e realmente tinha razão, mas, o PT piorou muito a situação da primeira e pouco fez em relação à segunda. No fim das contas, hoje eu vejo que o FHC, ao menos, deixou dois legados para o nosso país: o controle da inflação (o pior problema do Brasil quando ele chegou ao ministério da fazenda de Itamar) e um bom avanço na área da saúde. Já o legado do PT é o mais podre possível: política fiscal irresponsável, aumento de tributos, aumento de corrupção, total aparelhamento do Estado (com direito à estrela do PT estampada no jardim frontal do Palácio do Alvorada), retrocesso na área de meio ambiente (que virou uma espécie de jardim de infância para histéricos), retrocesso nos processos de homologação de terras indígenas e, o que é pior, um legado de propaganda partidária que consome 16 bilhões do erário por ano para convencer a população que o PT é uma espécie de messias da política nacional, enquanto “eles” foram os que destruíram o país nos 500 anos anteriores! Enfim, aquela conversa que, hj, só os lobotomizados são capazes de engolir. Mas, o PT fez grande progresso em seu intuito de se perpetuar no poder, por isso fez aliança com as piores ditaduras do planeta, é a tática do “uma mão lava a outra”.

O IMPERIALISMO AMERICANO E OS SEMIANALFABETOS POLÍTICOS.

 Os últimos acontecimentos geopolíticos deixam poucas dúvidas: a guerra fria voltou. Se você ainda não percebeu isso, é porque você é, por assim dizer, meio lerdinho no que tange questões políticas. Bastaria lembrar que a Criméia é o primeiro território europeu anexado por uma potência militar desde a segunda guerra mundial. Fato este que, tenebrosamente, nos remete à invasão da Polônia pela Alemanha nazista e pela URSS em 1939. “Bastaria”, pois para os semialfabetizados políticos nem toda a contingência de fatos possível é capaz de despertar-lhes a consciência. Os analfabetos funcionais políticos não foram capazes de enxergar que o nosso continente é o palco principal do ressurgimento de uma força despótica que tanto fez sofrer povos de nações inteiras. Os déspotas não possuem ideologia, eles apenas usam seus discursos prontos para enganar as pessoas e assim dar prosseguimento aos seus projetos de poder. Só que o "anarfa" político não vê nada disso, ele está muito ocupado procurando decifrar as primeiras letras do abecedário, como um arqueólogo faz com hieróglifos. Os mercenários do século XXI que buscam o poder repetem sistematicamente o que os mercenários do século XX fizeram. Dentro destes discursos, há um inimigo imaginário, o moinho do de La Mancha: o “Imperialismo Americano”. Então, evocando essa imagem, eles procuram legitimar a destruição das instituições democráticas que levaram séculos para se erguer em nossas frágeis democracias. Quando vemos pessoas que ainda não puderam vislumbrar essa obviedade, ainda achamos normal, pois, como vocês sabem, o brasileiro nunca foi afeito aos estudos e nem ao raciocínio como exercício mental. Porém, quando os analfabetos políticos funcionais são pessoas formadas em Filosofia, História e Sociologia, daí a coisa muda de figura. Esse pessoal, em sua grande maioria, deveria devolver os diplomas que a sociedade viabilizou para eles através de impostos. Tais áreas deveriam servir para esclarecer a população sobre o grande sofrimento causado por regimes totalitarista, que usam ideologias para confundir as massas e assim chegarem ao poder, mas, eles fazem justamente o contrário. “Doutores” que ostentam títulos sacerdotais nestas respectivas áreas usam o seu “conhecimento” para maquiar mais ainda os acontecimentos históricos e geopolíticos, eles ajudam a alimentar a quimera representada pela figura do “imperialismo norte-americano”. (Aviso aos navegantes que quiserem minimizar a presença desses maquiadores nas universidades públicas que tenho um verdadeiro arsenal de provas sobre isso, não percam seu tempo me pedindo o óbvio que é de conhecimento geral).

 Mas, o pior de tudo é a arrogância quase criminosa desse pessoal. Há pouco tempo atrás, muitos de nós, pessoas sem formação em política e filosofia, alertávamos para o caminho tenebroso pelo qual o Chavismo estava conduzido a Venezuela. Contudo, os sacerdotes disfarçados de doutores riam, mangavam de quem apontava para essa realidade, diziam que a Venezuela vivia em plena democracia e que as coisas lá vinham melhorando. Agora, que a Venezuela afundou de vez numa guerra civil inerente à resistência de um povo contra o totalitarismo, como os que acometeram o leste europeu no século passado, esse pessoal fica em silêncio, estão acostumados a fugir de suas responsabilidades enquanto ostentadores dos respectivos diplomas. Os sacerdotes disfarçados de doutores tinham a OBRIGAÇÃO de contar a história destes regimes para a população, em vez disso, eles preferiram comprar o discurso Quixotesco do “imperialismo norte-americano”. Há um limiar entre ignorância e mau-caratismo, quem hoje faz o discurso contra o povo venezuelano que está lutando por NOSSAS liberdades está com um pé em cada lado: um pé na ignorância e o outro na canalhice. Esses boçais, se tivessem alguma hombridade, dariam o braço a torcer, diriam que foram uns cegos e que os que denunciaram a ascensão do totalitarismo naquele país tinham razão, mas, eles não fazem isso pois, além de tudo, têm o vício da soberba.

Qualquer um que não tenha sofrido a mesma lavagem cerebral que esse pessoal sofreu é capaz de reconhecer o grande benefício que foi o surgimento dos EUA como a principal potência do planeta, discutir isso seria chover no molhado. Porém, debater tais questões com esses pseudo-acadêmicos é como tentar convencer um crente que o diabo é o caminho da salvação, eles vão usar toda a retórica aprendida em bancos de escola para negar esse fato. Desde a posse de Nicolas Maduro, há cerca de 1 ano, 30 venezuelanos já foram mortos, outras centenas foram feridos e mais de mil estão presos. Esses números, em termos relativos (considerando o tempo), já superam com folga o regime militar que tivemos no Brasil com o golpe de 1964. Só que nada disso interessa para esse pessoal, eles ainda tem sua cervejinha, seu papel higiênico, suas liberdades. Entre encontros regados a uma boa cerveja gelada, eles acusam pessoas como a que vos escreve de serem paranoicas, riem de nós do alto de suas soberbas cegas... A diferença entre um lunático paranoico e alguém que enxerga o óbvio são os fatos. Porém, fatos para esse pessoal nada dizem, eles se julgam inteligentes o suficiente para dispensá-los e colocar em seus lugares aleivosias retóricas e dialéticas.

O continente passa por um período delicadíssimo e uma força militar estrangeira (a mesma que anexou a Criméia) se prepara para por as botas na América do Sul, enquanto nossos historiadores, filósofos e sociólogos ofertam sua contribuição para impedir que enxerguemos isso. 2014 será um ano crucial, depois disso, se a oposição perder em nosso país, dificilmente voltaremos a respirar ares democráticos, estaremos mais próximos que nunca do totalitarismo socialista que empobrece todas as nações que toca e as transforma em prisões e infernos dantescos na terra, variam apenas no grau de ortodoxia. Para piorar, temos que lidar com anos de descaso com questões sociais profundas, como a violência urbana, que só tendem a se agravar, como se agravaram muito na Venezuela. Essa gente quer que sintamos na pele o que os venezuelanos sentem agora: escassez, desespero, violência sem limites e totalitarismo.

O alento dos patos

A propaganda fascistóide pró-governo inventou um artifício muito ardiloso para enganar os militontos que, na verdade, apenas esperam desculpas para descansar a consciência em um sofá de ilusões. Consiste em atribuir à toda a mídia independente de verbas federais, ao poder judiciário e a qualquer voz contrária à babação de ovo federal, o status de inimigo permanente. Sendo assim, tanto órgãos da justiça quanto mídias, para fins de doutrinação política, configuram um bloco homogêneo que sempre é contrário aos interesses do partidão, que são, na verdade, os interesses legítimos do verdadeiro povo (obs: eles definem quem é o "povo"). Esse truque corta dos dois lados. Quando há criticas por parte da mídia ou condenações por parte da justiça, a hipótese é sempre confirmada (tipo horóscopo, sabe?), funcionando como blindagem.Isso, então, oferece aos carentes emocionais eleitores do partidão a desculpa interna que eles tanto desejam. - "é claro que só os líderes do meu partido estão condenados, pois o judiciário e a mídia são inimigos", pensa o mendigo emocional. Mas, quando o julgamento é favorável ao partidão, ou desfavorável à oposição, eles, em vez se aceitarem que sua "hipótese" foi falseada pela fato presente, partem para o cinismo partidário: - " Se até a grande mídia (ou o "judiciário conservador") está dizendo isso, é porque o fato é irrefutável, só por isso estão fazendo essas concessões ao nosso partido que, como todos sabem, é perseguído por estes representantes dos "setores conservadores". E tem militonto e eleitores do partidão que caem nessa feito um patinho, um verdadeiro bebê anseiriforme. É claro que dentro dessa narrativa feita para os incautos, o partidão representa a virtude inovadora da nação que esta levando aos mais pobres a "justiça social", enquanto os "setores conservadores", ávidos para conservar seus interesses (que, na crença dos seguidores, é sempre contrário ao interesse do povo) estão solapando os avanços que os paladinos da justiça social poderiam estar promovendo. Mas como o partidão faz para sustentar essa lorota? Eles contam com um verdadeiro batalhão virtual que está por conta de blindar o partidão e atacar a oposição em exatamente tudo: desde escândalos de corrupção colossais, até vaias que a "presidenta" leva em estádios de futebol. Sempre tem um "intelequitual formador de openeão" pronto para desqualificar as críticas com a mesma ladainha ideológica de sempre: "elite branca, judiciário conservador, mídia golpista, privatista, entreguista...". Para isso existe o operamundi, o tijolaço, revista forum, carta capital, carta maior, diário do centro do mundo e coisas do gênero. Muitos patrocinados com propaganda de bancos e empresas estatais. Se, depois de 11 anos você ainda cai nessa conversa, é porque vc QUER. Porque vc não admite se desligar da sua paixão ideológica do tempo de adolescente, meu pequeno anserídeo. Quac, quac pra vc!