sábado, 8 de agosto de 2015

O PT FOI MELHOR QUE O PSDB EM EDUCAÇÃO ?

Cansado de ler aleivosias sem nenhum sentido na internet, resolvi escrever algumas linhas sobre esse tema. Para início de conversa, espalham pela rede uma informação mentirosa de que “Lula criou 18 universidades e o FHC nenhuma”. A coisa é tão cara de pau, mas tão cara de pau, que usa dois critérios: um para o Lula e outro para o FHC. Quando computam a favor do Lula, eles dizem que universidades "criadas" a partir de fundações e escolas de ensino superior que já existiam entram como "criação do Lula". Como é o caso da UFAL de alfenas. Mas, o mesmo critério não vale para o FHC, se valesse, poderíamos dizer que a UFLA e UFSJ ( só para aproximar da realidade dos colegas que compartilham essas aleivosias) tb foram "criadas" pelo FHC. Além desse truque baixo , o artigo abaixo [1] indica que FHC criou (sem aspas mesmo) 4 instituições de ensino superior (posso citar UFT, por exemplo, criada de verdade: a partir do zero). Embora o governo Lula tenha criado mais vagas em Federais, os números do FHC nesse aspecto tb foram expressivos. Em 1994, havia 363 mil vagas no ensino público federal, em 2002 esse n° foi 531.634. Ou seja, um aumento de 46%. Se contarmos o ensino público como um todo, o aumento do n° de matrículas entre 1994 até 2000 foi de 62%. Ainda que o Lula tenha investido mais na educação superior, simplesmente não é verdade e não é honesto fazer como o mentiroso do Leonardo Boff faz ao espalhar a informação fictícia de que “o Lula criou 18 universidades, FHC não criou nenhuma”. LEONARDO BOFF, VC É UM MENTIROSO.

A realidade, porém, longe das aleivosias criadas pela propaganda PTista, nos mostra que há cerca de 36% de alunos de cursos superiores nas instituições brasileiras em condição de analfabetismo funcional [3], eu leciono em ensino superior há 8 anos e posso garantir-lhes: a dado é fidedigno. Mas, tem gente que ainda tem ânimo para comemorar uma coisa dessas! Nosso país é um país de analfabetos e o Lula não fez nada para reverter esse quadro, muito pelo contrário, o analfabetismo cresceu enormemente dentro do ambiente escolar e chegou ao nível superior! Se os Srs pesquisarem (sugiro que comecem pelos dados do INAF), vão se deparar com uma realidade muito diferente daquela pintada pela propaganda do PT. 

O que esses propagandistas não vão te dizer é que, no que tange ensino fundamental, os números de FHC foram muito melhores que os de Lula, de forma que nosso país perdeu 16 posições no ranking de desenvolvimento educacional da UNESCO, estava na 72ª posição em 2002 [2] e caiu para a 88ª ao final do segundo mandato de Lula . Eu não sei enquanto a vc, mas, para mim, o ensino fundamental é uma atribuição ainda mais importante do que o ensino superior, sobretudo se consideramos as circunstancias histórias e econômicas da era FHC, cujas adversidades o Lula JAMAIS conheceu. 

[1] http://educa.fcc.org.br/pdf/aval/v08n02/v08n02a07.pdf [2]

http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio2007/422.pdf [3] 

http://www.ipm.org.br/ipmb_pagina.php?mpg=4.02.01.00.00&ver=por 

http://portal.inep.gov.br/.../censo.../evolucao-1980-a-2007

OS ÚLTIMOS ZUMBIS DO POPULISMO


O Brasil também tem sua versão de ‘The Walking Dead’, mortos-vivos que vagueiam como seres desprovidos de características individuais e funcionam como receptores ideológicos de narrativas populistas.

 Logo em 2003, quando Lula alegou que havia recebido uma ‘herança maldita de FHC’, eu disse para mim mesmo: “fudeu, estamos diante de um populista”. O que mais caracteriza o populismo é a construção de uma narrativa, cujo elemento central é uma figura salvadora que está representando o povo contra uma ‘classe’ muito bem articulada e com poderes sobrenaturais. Por sorte do populista Lula, ele não pegou nenhuma herança maldita, muito pelo contrário, pegou o cavalo selado e uma conjuntura externa favorável, com explosão nos preços das commodities. 

Foi o suficiente para a massa de incautos aderirem à narrativa PTista, a maioria já estava devidamente preparada pela ação de militantes travestidos de professores e intelectuais, além da esmagadora mídia cooptada, através de verbas, pelo PT. 

Mas, a economia populista tem prazo de validade, é baseada na expansão desenfreada de crédito e sua base popular ancora-se na compra de votos travestida de ‘política assistencialista’. O que era de se esperar aconteceu: o país está indo à bancarrota e os investimentos estão desaparecendo em velocidade alarmante. Com isso, a maioria absoluta da população acordou de seu longo sonho para encarar a realidade que agora se apresenta como estagflação, o pior dos cenários econômicos. Então, hoje, 71% das pessoas desaprovam o governo e o classificam entre ruim e péssimo, e 66% querem que a justiça seja feita e que a presidente seja impedida. Acabou o sonho populista, mais uma vez, a história nos mostra que populismo nunca foi saída para nada. 

Restaram, ainda, aqueles que insistem e repetir as mesmas mentiras, os mesmos mantras: “o PT tirou 36 milhões da miséria, o PT melhorou isso, o PT manda investigar...”. A esta altura, repetir tais slogans mentirosos é aceitar o total vazio intelectual. Uma pessoa que deixa que um partido conte a história de seu país para ele e acredita naquilo como um crente acredita no evangelho não está mais em posse de seu intelecto, esse intelecto nem existe mais, o que existe é uma antena em forma de noz que fica dentro da caixa craniana, cuja função é apenas servir de receptor e emissor ideológico do populismo, é como estação repetidora de sinais de rádio. 

Mas, os cerca de 7% que ainda apoiam o projeto de poder PTista, alguns que já até abdicaram de seus valores morais e intelectuais, quem são?! Parte deles é formada pelo povo que, sem perspectiva de sair da miséria, teme perder algum auxílio, estas pessoas são as principais vítimas, eternos escravos do populismo que negou-lhes a real emancipação. 

Contudo, a classe que ainda apresenta a maior proporção de devotos do populismo não é a dos miseráveis, nem a dos pobres. Pasmem: é a classe universitária, em especial a dos cursos de humanas. O reduto dos despojadores de cérebros continua sendo a Universidade. É lá onde se encontra uma das partes mais inférteis da sociedade brasileira, onde se constrói o discurso feito com o único objetivo de favorecer regimes populistas em detrimento das instituições da república. Essa escória ainda terá seu espaço nas universidades, de onde tentarão dogmatizar mais uma geração de jovens que, em suas ingenuidades, entraram na faculdade para aprender. 

Os cursos de humanas, em sua maioria, servem para construir uma névoa sobre o conhecimento objetivo, querem substituir as coisas factíveis por ‘interpretações’ subjetivas. Esse é o caminho trilhado pela maioria dos intelectuais de humanas nos últimos anos: a negação da verdade em nome de interpretações. Estranhamente, tal ‘episteme’ (só para zuar mesmo) sempre tem uma única verdade para as questões políticas e econômicas: aquela de que existe uma ‘consciência de classe’ que é o elemento central da narrativa populista. Não fosse tal pressuposto, o discurso da ‘classe dominante x classe dominada’ não faria nenhum sentido. Isso explica porque, mesmo diante de tanta realidade, ainda tenha gente, em especial nas universidades, que repete como zumbis lobotomizados a narrativa populesca do partido mais corruto já produzido pela podridão da política brasileira. Mas, o mais engraçado é ver essa massa de zumbis que se considera superior, moral e intelectualmente, do mesmo lado que vampiros como Paulo Maluf e Fernando Collor de Melo... Eita mundão, caba não!!

A DEMAGOGIA SOCIALISTA E SEU FETICHE PELA IGUALDADE.

A ex-primeira ministra da Inglaterra, Margaret Thacher, já havia cantado a pedra. Em um debate na Câmara dos Comuns, ela expôs de forma brilhante: os socialistas não se importam com a pobreza, e sim com a riqueza alheia. Ela estava com a razão, eles não estão nem aí se os pobres ficarem mais pobres, desde que os ricos fiquem menos ricos. A prova absoluta disso pode ser vista pelas intermináveis ladainhas sem sentido que esse pessoal faz em torno da “desigualdade”. Nenhum desses relatórios de ONGs bem intencionadas se preocupa com o que seria o mais fundamental: as condições materiais dos que estão na parte inferior da pirâmide social e os fatores capazes de melhorá-las. Esse era para ser o principal foco, se a preocupação fosse, de fato, com as classes mais pobres. Ora, é verdade que a renda e poder de compra dos ricos aumentaram durante o desenvolvimento das economias de mercado, e gerou uma classe pequena de multibilionários, mas, é igualmente verdade que as condições de vida das massas também melhoraram exponencialmente, tal fato pode ser aferido ao se analisar o crescimento do IDH nestas economias. Então, o paradoxo de Rousseau é falso: para que alguém seja rico, não é necessário, de forma alguma, que outro alguém seja pobre. Essa falácia está na base do pensamento socialista. Porém, como tudo mais que compõe o “pensamento” socialista, tal pressuposto é falso. 

Ao contrário do que alegam os socialistas, nas economias de mercado (capitalistas), para que alguém ganhe, digamos, um bilhão, é necessário que se produza muita riqueza, muito mais do que um bilhão. Para ganhar um bilhão, esse alguém teve que organizar uma atividade econômica, investir e se arriscar enormemente. Para tanto, ele gerou emprego e ofereceu produtos no mercado que aumentam a oferta de tal bem, fazendo preços caírem e o produto se tornar mais acessível para cada vez mais pessoas: isso é gerar riqueza e combater a pobreza, o resto é balela que produziu resultados pífios em mais de 10.000 anos de história das civilizações. Então, não há nenhum problema moral com quem quer que tenha acumulado renda de forma honesta, sem que tenha desviado recurso de outrem. Muito pelo contrário: ainda bem que tais pessoas acumularam tal renda, pois, durante o processo, elas geraram riqueza e ofereceram bens e serviços por onde passaram. 


-Vamos dar exemplos: o Bill Gates, que é um dos homens que mais “concentraram” renda no planeta. Ora, quantos benefícios esse cara, na ânsia de ficar rico, gerou para a humanidade!? Quanta riqueza o desenvolvimento da computação nas últimas décadas, encabeçado por ele, gerou para toda a população do planeta?! Imagine os adventos que os softwares desenvolvidos por suas empresas não promoveram na área de saúde, por exemplo! – Mas, não! O socialista, por sua vez, vai usar o Word e o Windows para atacar o homem que lhe proporcionou tais maravilhas tecnológicas, muitas vezes, usando tais produtos de graça, coisa que ele julga ser dele um direito natural. Quando o desenvolvimento de tecnologias agrícolas, industriais, eletrônicas, etc promove desenvolvimento humano, logo aparecem os socialistas alegando que o acesso a tais bens foram fruto da ação dos governos alinhados com suas receitas mirabolantes de “distribuição de renda”. É claro, foi o bolsa-família com seus cento e poucos reais que permitiu a uma grande massa de pessoas o acesso ao IPod, não é mesmo!? O “acumulador de renda” do Steve Jobs nada tem a ver com isso, ele nem é considerado na hora de distribuir os méritos pelo acesso de pessoas às tecnologias que ele criou. “foram o Lula e o Hugo Chavéz que permitiram ao povo o acesso a tais bens.” - Pensam os “sociólogos” formados na USP - enquanto escrevem relatórios que jogam a culpa da pobreza em quem produz riqueza.


O relatório dos socialistas da Oxfam traz a “alarmante” informação de que as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem um patrimônio de 1,7 trilhão. - “ Ohhh, que absurdo”. Porém, é evidente que tal patrimônio está sendo alocado para a produção de bens, serviços e empregos. - Ou será que esse pessoal acha que o patrimônio do dono da Coca-Cola está escondido debaixo do colchão? - Ou que fica estagnado em alguma conta na Suíça? Ao mesmo tempo em que o relatório enaltece as políticas populistas que são o verdadeiro motivo da má distribuição de renda e pobreza, o documento ignora que só aqui no Brasil, somente no ano de 2013, o nosso governo deu sumiço em 2,3 trilhões em suas prestações de conta, tal informação foi dada pelo próprio ministro do TCU, João Augusto Ribeiro Nardes. Ou seja, o sumiço governamental de um único país, em um único ano, supera a cifra que tanto alarde provoca nos socialista: que é a soma do patrimônio das pessoas mais ricas do planeta. Por isso, o problema não está com quem “acumula” renda, mesmo que esse acúmulo esteja na casa de bilhões, se foi por meio lícito, que, via de regra, gera riqueza e desenvolvimento, Ok. - Deal with it!! Ainda no caso do Gates: se pegássemos toda sua riqueza (60 bilhões de dólares) e distribuíssemos a 6 bilhões de pessoas, daríamos 10 dólares para cada uma delas, ao passo que essa riqueza, nas mãos dele, ofereceu aos moradores do planeta benefícios que 10 dólares por cabeça jamais pagaria. Enfim, o fetiche pela “igualdade” de renda é mais um delírio socialista cujas bases morais se amparam na inveja, e as pretensas bases racionais em um falso pressuposto.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ABORTO E EUGENIA

Até agora não quis me pronunciar em relação a tão delicado tema. Mas, pra tudo tem um começo. No leste europeu, se tornou habitual o aborto de fetos de meninas. É facílimo imaginar uma coisa muito óbvia: as predileções sociais, caso o aborto seja mais difundido, servirão como seletoras para a realização da prática. Então, no leste europeu, o resultado demográfico prático disso é o aumento da proporção de homens naquelas populações. - Nossa, que coisa desejável, né? - Vamos agora levar a coisa para outras searas, através do uso do raciocínio indutivo e da imaginação. Nesta semana, foi divulgada uma descoberta definitiva da genética: a homossexualidade tem bases em uma interação de genes, é, portanto, um comportamento inato em grande proporção. E aí? Conseguiu vislumbrar onde isso pode chegar em um futuro próximo? – O advento da genética, em pouco tempo, trará uma tecnologia capaz de predizer se a criança, assim como acontece no caso das mulheres, seria homossexual. Isso, como vc agora pode imaginar com mais clareza, certamente seria motivo para uma “seleção artificial”. Sobretudo naquelas sociedades de culturas pouco tolerantes com a homossexualidade, tais como algumas do leste europeu, a homossexualidade será motivo para a interrupção de uma gravidez. - Já está vislumbrando que mundo maravilhoso de diversidade de gênero poderá despontar no leste europeu? - O exemplo do leste europeu apareceu aqui apenas devido às recentes notícias da predominância de aborto em fetos femininos, mas, é claro que tal problemática seria generalizada por onde houver legislação que permita o aborto sem maiores embargos. Mas, não pára por aí. 

Recentemente, o biólogo e militante Richard Dawkins revelou que considera uma imoralidade que uma mãe queira ter um bebê com síndrome de down, já que dispomos hj de tecnologia para diagnosticar o feto nesta condição e legislação que permite o aborto. Para ele, é um grande fardo ter que conviver com portadores dessa síndrome, pobrezinho.


 O colega de Dawkins e líder de várias seitas fanáticas, Peter Singer, declarou abertamente em seu livro “Ética Prática” que não há diferença significativa, do ponto de vista funcional e cognitivo, entre um recém-nascido e um feto, e que, portanto, o direito ao aborto deve ser estendido para recém-nascidos, algo que agora alguns “estudiosos” de “bioética” estão chamando de “abordo pós-parto”. - Um eufemismo barato para infanticídio. Se esse sujeito for respaldado por cientistas, o direito ao aborto trará também outras implicações que merecem mais atenção, além desta apontada neste texto. 


Eu não sou favorável ao aborto, mas concordo que o tema é muito complexo e que há bons argumentos a favor. Porém, a eugenia intrínseca ao resultado de qualquer cultura que aceite essa prática não pode ser dissociada de tal, queiram os defensores do aborto ou não: o direito ao aborto e eugenia estão indissociáveis.

domingo, 7 de setembro de 2014

A FALÁCIA DA EQUIVALÊNCIA

Ao contrário do que muitos pensam, falácia não é sinônimo de mentira. Falácia é uma espécie de truque argumentativo que tem por objetivo obscurecer as conclusões e as tentativas de aproximação da verdade, ou da realidade factível, acerca do tema que está em debate. São muitos os truques que configuram diferentes falácias. Muitos filósofos, como Schopenhauer, já deram sua contribuição para desmascarar esses truques que dominam a maioria absoluta dos debates, sobretudo quando o assunto é política. Porém, não sei dizer se algum destes filósofos, estudiosos da dialética erística, tratou desta falácia específica, esta que gostaria de chamar de “falácia da equivalência”.

Não é um conceito difícil, a falácia da equivalência é quando uma das partes debatedoras apela para uma falsa equivalência de proporção entre coisas que são totalmente desproporcionais. Os exemplos sobre isso abundam tanto que fica até difícil escolher alguns. Tipo: você já deve ter ouvido alguém falar que quem fura fila, estaciona o carro em local proibido, ou avança o sinal vermelho, não pode reclamar da corrupção dos políticos. Evidentemente que furar fila, avançar o sinal vermelho ou estacionar em local proibido são coisas reprováveis, mas, elevar tais coisas ao mesmo patamar de crimes de corrupção é outra coisa completamente diferente. Vejamos um exemplo do mundo da política. - Recentemente, eu estava discutindo com uma amiga, que, por sinal, tem ideias muito convergentes com as minhas, mas gosta de arranca rabo como só... A certa altura, eu falei sobre um caso em que trogloditas chavistas agrediram uma deputada venezuelana em pleno parlamento, onde um miliciano de mais de 100 quilos deferiu-lhe um soco que quebrou o nariz da pobre mulher. Esta deputada hoje é perseguida na Venezuela, onde teve seu mandato cassado pelos chavistas que a agrediram e vive sob ameaça de ir para a cadeia, onde se juntaria a centenas de presos políticos. Essa minha amiga (que não vai ler este texto mesmo, por isso virou exemplo) respondeu que a deputada venezuelana “também não era santa”. Posso concordar plenamente que a tal deputada não é nenhuma santa, mas, levantar essa alegação para fazer frente a algo tão grave como a agressão que ela sofreu por parte de um grupo de assassinos que, entre outras coisas, fraudou uma eleição presidencial, matou mais de 40 estudantes indefesos, feriu e prendeu centenas, configura a falácia da equivalência. A não ser que essa minha amiga demonstrasse que a deputada agredida também fez coisas equivalentes, a comparação aí não é cabível. Outro caso: quando um certo partido, aliado dos trogloditas da Venezuela, faz sucessivos saques aos cofres públicos a fim de se perpetuar no poder, centralizando-o cada vez mais (seguindo a mesma cartilha venezuelana), logo surge uma tropinha de militantes, alimentada por veículos chapa-branca, que procura diluir as falcatruas do partido que defendem em toda a classe política com aquela conversa: “ahhh, mas todos os partidos roubam, não foi o meu partido que inventou a corrupção, veja as outras denuncias sobre outros partidos”. - O cidadão quer colocar no mesmo patamar crimes com evidências fartíssimas, muitos já julgados e condenados, e denuncias que, em sua maioria, não foram julgadas e nem foram demonstradas as relações criminosas que o cidadão tenta estabelecer, ou, mesmo que tenham sido, não são equivalentes aos crimes cometidos pelo primeiro grupo. Veja o “mensalão tucano”. O crime alegadamente (e provavelmente) cometido pelo Azeredo é o de caixa 2 para a campanha. - Ok, é um crime de corrupção e merece ser julgado como tal, mas, não é equivalente ao mensalão. O mensalão se configurou pela compra de apoio político de parlamentares com verba oriunda de corrupção, é mais grave, pois, além de desviar verba pública, atenta diretamente contra a democracia. Chamar o caso mineiro de “mensalão” é flagrante tentativa de estabelecer a falácia da equivalência. 

Há ainda mais uma última estorinha, ocorrida comigo, que vale a pena usar como exemplo. Há alguns anos, tive uma aula em que a professora falava de crimes ambientais. Depois de discorrer sobre uma série de crimes contra o meio-ambiente, alguns de larga escala e grande impacto, ela acabou concluindo que todos nós, seres humanos pós-neolítico, somos culpados pela degradação ambiental. Eu, porém, observei: “uns mais outros menos, não é, professora!?”. Ela logo respondeu que não, que todos somos igualmente culpados, e que eu, por exemplo, usava um tênis que fora feito à custa da degradação ambiental e humana (ela logo supôs que meu calçado havia sido fabricado por crianças escravizadas na China). Ela, logicamente, recebeu o apoio da maioria dos meus colegas de sala. Eu, porém, resolvi então propor algo: disse-lhes que deveríamos ajudar os industriais poluentes a pagar suas respectivas multas por danos ambientais, pois, pelo princípio que eles defendiam (o da equivalência de responsabilidade), isso seria nada mais do que o justo. É claro, fui hostilizado devido ao grau de polêmica que minha resposta gerou, mas, não pude resistir, também sou de carne e osso.

Enfim, não é sempre que as comparações são desproporcionais e, nestes casos, não ocorre a falácia da equivalência. Há, com toda a certeza, casos em que as falcatruas da oposição são equivalentes às da situação, como há casos em que os impactos ambientais de diferentes causadores são sim equivalentes. Contudo, é importante tomar cuidado para não escorregar, intencionalmente ou não, na falácia da equivalência. Como bem diz uma outra amiga: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.”

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Endofobia: a mentalidade antiocidental

Mutilação genital de mulheres na África e Ásia, apedrejamento em teocracias islâmicas, a Chariah, segregação milenar e imutável por castas, pessoas enterradas vivas em certos grupos autóctones da América do Sul, escravidão, abuso de menores, crianças transformadas em jihadistas aos 5 anos de idade, assassinato aos milhares de cristãos no oriente médio. Estes casos citados tem uma característica especial, todos têm influencia direta de referências socioculturais. Não são coisas feitas à revelia das leis e do resto da sociedade, pelo contrário, são referendados pelas normas desses grupos sociais. Quando olhamos, sob o prisma de nossos próprios valores, sentimos repugnância e condenamos tais atos de imediato. Porém, aos que olham sob o prisma dos valores internos que legitimam essas atitudes, o julgamento pode ser bem diferente. E quais são nossos valores? De onde eles vieram? Bom, sem me aprofundar em digressões históricas das quais sei quase nada, não é difícil identificar a origem dos valores das civilizações ocidentais. E quais são os pilares destes valores? Creio eu que nossas civilizações emergiram de algumas origens: a cultura judaico-cristã e suas variantes, a herança Greco-romana e, em parte, as ideias iluministas. Podemos considerar que essas matrizes contribuíram significativamente para o que hoje chamamos de ocidente (no sentido sociocultural da palavra). Foi no ocidente também que grandes revoluções e avanços ocorreram, podemos citar a Revolução Industrial, o advento das democracias constitucionais, o Estado de Direito e a economia de livre mercado baseada na propriedade privada dos meios de produção. Ainda, a mais importante de todas as heranças do advento do ocidente: a abolição da escravidão. Sei, o amigo pode ter ficado surpreso com essa minha última afirmação, apresentando a razoável duvida: “ora, aboliu pois escravizou, é o mesmo a abonar quem prendeu por soltar”. Sim, acontece que, na humanidade, não foram os países ocidentais os únicos escravizadores, praticamente todas as outras civilizações e grande parte de povos autóctones também escravizavam e, sob a luz do desenvolvimento histórico, a inédita abolição da escravidão pelas democracias ocidentais foi um enorme avanço para toda a humanidade. É de se perguntar por que então alguns de nós, ocidentais, atacam mais o próprio ocidente, que forneceu a estes os valores que usam para condena-lo, do que outros povos e países não ocidentais quando estes incorrem em brutais violações daquilo que nós, ocidentais, aprendemos a valorizar: a vida, a paz e os direitos humanos. Ora, meu filho, que direitos humanos existem ou existiram na Índia, no Irã, em Uganda, no Sudão, em Cuba, na China, na então URSS? A própria noção de “direitos humanos” surgiu no ocidente, é produto da nossa cultura. Então o que explica a existência de uma mentalidade antiocidental que ataca todos os valores e conquistas do ocidente? Por que desses ataques contra o “capitalismo” (o sistema econômico do ocidente), contra os cristãos (a religião do ocidente), e até contra a metodologia cientifica e conhecimentos herdados da cultura grega (quem nunca ouviu aquelas bobagens em cursos de humanas sobre “tecnicismo” e “não existe conhecimento neutro”?)? Vejam, eu não estou aqui dizendo que tais caracterizadores da cultura ocidental não podem e não devem ser criticados, mas, há, flagrantemente, uma diferença de pesos quando as criticas são dirigidas ao ocidente. Para alguns ocidentais, que desfrutam de todas as benesses que só as democracias capitalistas são capazes de oferecer, o ocidente é a grande fonte do mal de toda a humanidade. Mal esse que eles, porém, não conseguem viver longe. O que explica, por exemplo, o ódio de algumas feministas contra a igreja católica ao passo que estas mesmas feministas nunca se manifestam quando outras religiões e culturas fazem com que suas mulheres sofram muitas vezes mais do que nas sociedades cristãs?! Vamos pegar um exemplo? Lembram-se da visita do Papa ao Brasil? Lembram-se do show de horrores que “grupos progressistas” aprontaram com a única intenção de ofender todos os católicos?! Pergunta: seria possível em países muçulmanos haver um paralelo destes? Tipo: um grupo de feministas árabes fazer aquele escarcéu introduzindo símbolos religiosos do islã em suas cavidades corporais quando da ocasião da visita do aiatolar?! Será que tais coisas não são possíveis apenas nas democracias ocidentais?! O que aconteceria a este grupo imaginário paralelo às nossas feministas radicais se ele de fato se manifestasse desta forma no Irã!? Falando nisso, onde estavam as manifestações radicais quando Mahmoud Ahmadinejad visitou o Brasil? Vamos ver outro exemplo? O caso do conflito Israel x Hamas. Não vamos aqui fazer nenhum tipo de consideração sobre as razões que motivaram essa crise, vejamos apenas o tratamento diferenciado que é dado à questão. A Rússia invade a Ucrânia com milícias treinadas e armadas, toma-lhe territórios vitais e mata milhares de civis, a diplomacia brasileira não fala nada. Na Síria, o ditador mata dezenas de milhares de civis em uma guerra sangrenta, a diplomacia brasileira cala. No país vizinho, o ditador colega mata dezenas de estudantes desarmados e prende milhares, a diplomacia brasileira apoia o ditador. Israel, em guerra com Hamas, mata civis que, em sua maioria, são usados como escudos humanos pelo Hamas, a diplomacia brasileira, em vez de condenar ambos os lados, condena somente um, o de Israel, e recebe agradecimentos do Hamas. As pessoas em geral não se atentaram para esse “deslize” do anão diplomático. Hoje chegou a notícia que uma cidade iraquiana foi tomada por rebeldes jihadistas, dezenas de milhares de cristão já foram mortos, mas, os cartunistas progressistas não se atrevem a ser piedosos com essa população. Por quê?! A resposta é muito simples: Israel representa o ocidente no oriente médio. Isso explica o porquê do antissemitismo da esquerda mundial, a esquerda é aquela parte do ocidente que odeia o ocidente, e, por consequência, odeia Israel e é antissionista (que para mim é sinônimo de antissemita). É por isso que os socialistas odeiam cristãos, judeus, empresários, o papa, as democracias ocidentais e a metodologia das ciências naturais, pois esses elementos representam as bases da cultura ocidental: a cultura judaico-cristã, o liberalismo e a herança Greco-latina. Basicamente, são estes os elementos que tornaram o ocidente a mais poderosa força do planeta. Resta saber se essas mesmas pessoas ocidentais que odeiam o ocidente poderiam viver fora dele e defender os mesmos valores que aqui defendem e, ao mesmo tempo, desfrutar da mesma liberdade que aqui desfrutam. A esta altura, se tiver um amigo socialista lendo estas linhas, ele deve estar pensando: “nossa, que pensamento etnocêntrico do autor deste texto”. Mas, o que ele poderia esperar? Um pensamento “exocêntrico”?! Claro que não, sou um ocidental e carrego comigo os valores do ocidente, assim como você, assim espera-se que um munduruku carregue com ele os valores da etnia dele. Aliás, essa palavra “etnocêntrica” deveria desaparecer do vocabulário antropológico devido à enorme redundância que a composição dos radicais representa, algo como “subir para cima”. Não obstante, sabendo que os assuntos de ética e moral são delicados até para os mais brilhantes filósofos, acredito que alguns valores são compartilhados por uma gama de indivíduos de diferentes culturas. Certamente não só no ocidente há os que valorizam a vida e a liberdade, mas, é justamente no ocidente que os maiores progressos foram alcançados no sentido de preserva-las. É etnocentrismo também quando olhamos para dentro de nossa própria cultura para critica-la naquilo que acreditamos que ela deve melhorar, quanto a isso, nada mais natural. Porem, muito diferente é essa mentalidade autodestrutiva antiocidental, ela não é reformadora, não trás em si a virtude dos movimentos aperfeiçoadores, muito pelo contrário. Há uma espécie de fenômeno cultural que emergiu do ocidente que é inexplicável, é uma espécie de xenofobia às avessas, eu chamo de “endofobia”. A xenofobia é um sentimento de hostilidade às culturas diferentes, a endofobia é a hostilidade à própria cultura. Como explicar o surgimento da endofobia enquanto fenômeno social? Acredito que, muitas vezes, a endofobia é uma espécie de misantropia misturada à ideologias destrutivas, outras vezes penso que a endofobia tem raízes em uma espécie de neurose coletiva provocada por seguidas frustrações, normais aos seres humanos, mas catalisadas por um discurso unificador e redentor que atribui os fracassos pessoais a uma conjuntura externa. De qualquer forma, a mentalidade antiocidental que chamo de endofobia é caso para as ciências do comportamento analisarem. Ou será que quem precisa de psicólogo sou eu?!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

10 mitos sobre o PT e a esquerda em geral

1° O PT e a esquerda são a favor dos pobres. 

Mito. Nenhuma vertente política da nossa história recente produziu mais pobreza do que os regimes de esquerda. Foram mais de 50 países que foram à falência no século passado e, atualmente, na Venezuela, papel higiênico virou artigo de luxo. O PT, por sua vez, transformou um programa assistencialista em uma forma de tutela permanente dos mais pobres, negando a eles a real emancipação através de educação de qualidade e oferta de empregos gerados por investimentos internos e externos. Como alguém que escolhe os caminhos que, na prática, levam a população à pobreza pode ser considerado "favorável aos pobres"?  

2° O PT e a esquerda são contra a exploração. 

Mito. A esquerda sempre é a favor da exploração, desde que feita sob o manto da demagogia estatal. O nosso atual “governo progressista” conseguiu o inimaginável: importar escravos em pleno século XXI. Se Lincoln tivesse sido influenciado por Marx, jamais teria abolido a escravidão nos EUA e provado ao mundo que o trabalho livre produz muito mais do que a escravidão, enquanto  Marx escrevia que abolir a escravidão “riscaria os EUA do mapa”. 

3° O PT e a esquerda são contra as violações aos direitos humanos. 

 Mito. Os regimes de esquerda, de longe, foram os que mais violaram os direitos humanos das minorias, dos homossexuais, dos opositores, da humanidade em geral. Os regimes de esquerda são campeões absolutos de morticínio. O PT, por sua vez, financia a ditadura mais antiga do mundo com o dinheiro dos brasileiros. Você acha que as condenações da diplomacia brasileira aos ataques de Israel à Palestina tem algo a ver com direitos humanos? Sabe de nada, inocente. Se assim fosse, o mesmo repúdio teria sido demonstrado no caso da Ucrânia, Síria e Venezuela.   

 4º O PT e a esquerda são mais “sustentáveis”. 

 Mito. Desde o PT chegou ao poder, a área de meio ambiente vem sofrendo sucessivos retrocessos. A começar pela fragmentação do IBAMA até o completo abandono das Unidades de Conservação em todo o País. A esquerda mundial, por sua vez, conseguiu trocar o conservacionismo, antes baseado em o que se tinha de mais avançado nas ciências ambientais, por uma pregação ideológica que mais parece um delírio do Rousseau depois de tomar 3 garrafas de vinho. Basta ver o discurso fácil que se tornou o tema ambiental no Brasil. O ambientalismo, enquanto política pública, aliás, surgiu nos EUA com a criação do Parque Nacional de Yellowstone, em 1872. Países socialistas nunca foram exemplo de conservação ambiental, basta lembrar o caso do Mar do Aral e de Chernobil, embora alguns ideólogos em nome da WWF tenham soltado ridículo relatório, cujos critérios são de fazer qualquer um chorar de rir, alegando que “Cuba é o país mais sustentável do mundo”. Só para se ter uma noção, o relatório considera os dados inventados pela ditadura cubana, e a única coisa que ele releva é a “quantidade de emissão de CO2 na atmosfera”. Não olha para desmatamento, para perda de solos e biodiversidade, recursos hídricos, nada. Apenas faz uma relação entre o mentiroso IDH cubano e a emissão de CO2. Cuba, como nada produz em termos industriais, tb nada emite. Por que vc acha que ele depende tanto da ajuda de outros países para sustentar aquela miséria a níveis mais próximos dos suportáveis? Além do mais, para que tal relatório faça sentido, temos que assumir como verdade absoluta que a emissão humana de CO2 é o maior, ou único, dos problemas ambientais que enfrentamos. No mais, alguém aqui realmente acha que países como a Coreia do Norte, Cuba ou China dão alguma importância a estes “preceitos burgueses” tal como Meio Ambiente?! 

5° A esquerda e o PT são mais favoráveis às causas dos povos indígenas. 

Mito. Do início do governo Lula, as Terras Indígenas perfaziam uma área de cerca de 11% de todo o território nacional, hoje a situação está pouco alterada. A FUNAI se tornou um órgão mais do que fraudulento, onde impera a corrupção e o abandono. Sobre a temática indígena durante o governo PT, vale a pena ver a opinião de Sidney Possuelo na Folha de São Paulo. Só para se ter uma ideia, o governo FHC homologou 41 milhões de hectares em Terras Indígenas, enquanto Lula homologou 18 milhões. Já a Dilma tem a incrível marca de 966 mil hectares. Na próxima eleição, quando um PTista vier com esses papo de que o PT é a favor dos povos indígenas e etc, esfregue esses dados na cara dele. 

6° O PT e a esquerda são favoráveis a “autodeterminação” dos povos. 

Mito. A esquerda e o PT sempre apoiaram a Argentina na questão das Malvinas dando um enorme FODA-SE para o fato dos cidadãos daquela ilha se declararem britânicos. 

7° O PT e a esquerda são democráticos.

Mito, claro. Quem leu parte do evangelho marxista, a grande inspiração da esquerda mundial, sabe que não há qualquer possibilidade de encontrar no despotismo marxista algo de democrático, Marx queria a derrubada total das “democracias burguesas”. O PT, por sua vez, acabou de ajudar o “presidente eleito” da Venezuela, Nicolás Maduro, a implantar uma ferrenha ditadura que destruiu a economia Venezuela e, consequentemente, condenou milhões à miséria absoluta. Agora que a Venezuela acabou, os esquerdistas que apoiaram Chavéz e Maduro fazem de conta que o ocorrido na Venezuela nada tem a ver com eles. Só que sempre haverá um reaça malvado para lembrar-lhes da enorme cagada (sem direito à higiene pessoal) que eles ajudaram a fazer na Venezuela. Hoje, no Brasil, podemos falar, sem medo de cometer exagero, que a censura voltou a atuar em nosso país, com direito a demissões, ameaças, xingamentos e a tirar conteúdo do ar. 

8° A esquerda é mais ética, mais honesta. 

Mito. José Dirceu, José Genoino, Hugo Chavez, Lula, Fidel Castro, Agnelo Queiroz, Pol Pot, Maduro, Orlando Silva, Copa do Mundo, mensalão, etc... 

9º A esquerda é contra ditadura 

Mito. A esquerda só é contra aquelas ditaduras que não estão alinhadas com sua ideologia. Ser de esquerda é ter que conviver com a contradição interna de coadunar com as piores ditaduras que a humanidade já conheceu ao mesmo tempo em que condena uma ditadura muito mais branda e menos durável, que não matou nem uma minúscula fração do que os regimes por eles defendido mataram e continuam matando. Esquerdista é contra ditadura e apoia Fidel Castro e Nicolás Maduro, entendeu!? 

10° A esquerda é do bem e a direita é do mal 

Mito. Esquerda gosta mesmo é de Stalin, Fidel e Che Guevara. Se isso não for “do mal”, não sei mais o que será.