sábado, 8 de agosto de 2015

OS ÚLTIMOS ZUMBIS DO POPULISMO


O Brasil também tem sua versão de ‘The Walking Dead’, mortos-vivos que vagueiam como seres desprovidos de características individuais e funcionam como receptores ideológicos de narrativas populistas.

 Logo em 2003, quando Lula alegou que havia recebido uma ‘herança maldita de FHC’, eu disse para mim mesmo: “fudeu, estamos diante de um populista”. O que mais caracteriza o populismo é a construção de uma narrativa, cujo elemento central é uma figura salvadora que está representando o povo contra uma ‘classe’ muito bem articulada e com poderes sobrenaturais. Por sorte do populista Lula, ele não pegou nenhuma herança maldita, muito pelo contrário, pegou o cavalo selado e uma conjuntura externa favorável, com explosão nos preços das commodities. 

Foi o suficiente para a massa de incautos aderirem à narrativa PTista, a maioria já estava devidamente preparada pela ação de militantes travestidos de professores e intelectuais, além da esmagadora mídia cooptada, através de verbas, pelo PT. 

Mas, a economia populista tem prazo de validade, é baseada na expansão desenfreada de crédito e sua base popular ancora-se na compra de votos travestida de ‘política assistencialista’. O que era de se esperar aconteceu: o país está indo à bancarrota e os investimentos estão desaparecendo em velocidade alarmante. Com isso, a maioria absoluta da população acordou de seu longo sonho para encarar a realidade que agora se apresenta como estagflação, o pior dos cenários econômicos. Então, hoje, 71% das pessoas desaprovam o governo e o classificam entre ruim e péssimo, e 66% querem que a justiça seja feita e que a presidente seja impedida. Acabou o sonho populista, mais uma vez, a história nos mostra que populismo nunca foi saída para nada. 

Restaram, ainda, aqueles que insistem e repetir as mesmas mentiras, os mesmos mantras: “o PT tirou 36 milhões da miséria, o PT melhorou isso, o PT manda investigar...”. A esta altura, repetir tais slogans mentirosos é aceitar o total vazio intelectual. Uma pessoa que deixa que um partido conte a história de seu país para ele e acredita naquilo como um crente acredita no evangelho não está mais em posse de seu intelecto, esse intelecto nem existe mais, o que existe é uma antena em forma de noz que fica dentro da caixa craniana, cuja função é apenas servir de receptor e emissor ideológico do populismo, é como estação repetidora de sinais de rádio. 

Mas, os cerca de 7% que ainda apoiam o projeto de poder PTista, alguns que já até abdicaram de seus valores morais e intelectuais, quem são?! Parte deles é formada pelo povo que, sem perspectiva de sair da miséria, teme perder algum auxílio, estas pessoas são as principais vítimas, eternos escravos do populismo que negou-lhes a real emancipação. 

Contudo, a classe que ainda apresenta a maior proporção de devotos do populismo não é a dos miseráveis, nem a dos pobres. Pasmem: é a classe universitária, em especial a dos cursos de humanas. O reduto dos despojadores de cérebros continua sendo a Universidade. É lá onde se encontra uma das partes mais inférteis da sociedade brasileira, onde se constrói o discurso feito com o único objetivo de favorecer regimes populistas em detrimento das instituições da república. Essa escória ainda terá seu espaço nas universidades, de onde tentarão dogmatizar mais uma geração de jovens que, em suas ingenuidades, entraram na faculdade para aprender. 

Os cursos de humanas, em sua maioria, servem para construir uma névoa sobre o conhecimento objetivo, querem substituir as coisas factíveis por ‘interpretações’ subjetivas. Esse é o caminho trilhado pela maioria dos intelectuais de humanas nos últimos anos: a negação da verdade em nome de interpretações. Estranhamente, tal ‘episteme’ (só para zuar mesmo) sempre tem uma única verdade para as questões políticas e econômicas: aquela de que existe uma ‘consciência de classe’ que é o elemento central da narrativa populista. Não fosse tal pressuposto, o discurso da ‘classe dominante x classe dominada’ não faria nenhum sentido. Isso explica porque, mesmo diante de tanta realidade, ainda tenha gente, em especial nas universidades, que repete como zumbis lobotomizados a narrativa populesca do partido mais corruto já produzido pela podridão da política brasileira. Mas, o mais engraçado é ver essa massa de zumbis que se considera superior, moral e intelectualmente, do mesmo lado que vampiros como Paulo Maluf e Fernando Collor de Melo... Eita mundão, caba não!!

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